Assistimos no fim de semana #3

Denise

Hannibal

Essa série superou qualquer outro filme/série de psicopatas que assisti recentemente, The Following, que eu gostei bastante no início, parece brincadeira de criança perto de Hannibal.

Baseada na obra de Thomas Harris, os acontecimentos precedem a trama de Dragão Vermelho, e focam principalmente no relacionamento entre Hannibal Lecter (Mads Mikkelsen) e Will Graham (Hugh Dancy), como parceiros e como médico e paciente.

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Um pouco diferente dos filmes, Dancy interpreta um Graham muito mais problemático, que não tem apenas uma imaginação fértil para desvendar crimes horrendos, mas uma extrema empatia com os assassinos, que o atormenta tanto a ponto de não distinguir mais suas alucinações da realidade.

Anthony Hopkins, fazia de Hannibal um personagem intrigante, mas na minha opinião um tanto repulsivo, já o Hannibal de Mikkelsen é aquele personagem que você ama odiar (ou odeia amar, depende do seu ponto de vista). O psicopata mantém sua máscara intacta até mesmo nas sessões com sua psiquiatra, e são quase imperceptíveis as vezes que deixa sua verdadeira personalidade aparecer. Manipulando todos à sua volta é agoniante assistir seu êxito, mesmo que saibamos que demorará muito para ser descoberto, afinal é o seu nome no título do programa.

Elena

A mineirice nas vozes de Elena e Petra é doce e deliciosa, vozes quase idênticas que vão se distinguindo ao longo do filme, tamanha a intimidade que adquirimos enquanto mergulhamos nessa história. No documentário de Petra Costa, a diretora poetiza uma fase importante e dolorosa da vida de sua família.

No fim da década de 80, sua irmã mais velha, Elena, parte para Nova York em busca de realizar o sonho de se tornar atriz de cinema, e em determinado ponto, tem uma morte precoce e muito triste.

Usando o acervo familiar, vídeos desde quando ainda era um bebê, cartas gravadas em fita cassete e diários esquecidos, Petra reconstrói Elena, e depoimentos ajudam a mostrar como o mundo a enxergava e recebia.

E você vai querer conhecer a Elena?

Amanda

The Bunheads

Criada por Amy Sherman-Palladino, mesma autora de Gilmore Girls (leia a resenha aqui), a séria americana teve vida curta: estreiou em 11  de junho de 2012 no canal ABC Family e teve o 18º e último episódio no dia 25 de fevereiro de 2013.

Como fã de Palladino e curiosa pelo fim precoce, assisti a história de Michelle Simms (Sutton Foster, ótima atriz, by the way), ex-bailarina que tinha uma carrreira de showgirl em Las Vegas e, desapontada com o rumo que sua vida estava levando, aceita a proposta de casamento do seu persistente admirador, Hubbell Flowers (Alan Ruck). Eles mudam-se para a pacata (e fictícia) cidade costeira chamada Paradise. Um dia após chegarem, Hubbell morre em um acidente de carro e a viúva Michelle se esforça para se adaptar à vida na cidade pequena e conviver com sua sogra, Fanny Flowers (Kelly Bishop/Emily Gilmore), dona e professora da escola de ballet Paradise Dance Academy.

Para os fãs de Gilmore Girls, fica a estranha sensação de que The Bunheads é um universo paralelo onde Emily Gilmore se vê cuidando de uma filha muito parecida com Lorelai, uma moça bonita, inteligente, de fala rápida e cheia de referências culturais – um estilo desenvolvido muito bem por Amy Sherman-Palladino, mas que nos faz olhar com desconfiança para a substituta das moças de olhos azuis. Outros personagens como Zach (Todd Lowe), Paris Geller (Liza Weil), Kirk (Sean Gunn), Jason (Chris Eigeman), um quase irreconhecível Mitchum Huntzberger (Gregg Henry), Gypsy (Rose Abdoo), e mais alguns, também dão as caras, como se fossem alteregos dos residentes de Stars Hollows.

Talvez a série não tenha tido a chance que merecia ou talvez encerrá-la tenha sido a melhor opção. O que incomoda, no entanto, é a falta de um fim. Ao contrário de Pushing Daisies, que diante do cancelamento preparou um corrido e minimamente satisfatório fim, The Bunheads termina com as pontas soltas – imagino que seja algo parecido com você ir assistir um espetáculo de ballet e, de repente, a prima ballerina tira as sapatilhas no meio do palco e sai andando pra não voltar.

Para compensar a falta de um episódio final e se despedir de seus fãs, o elenco e a autora da série se juntaram para uma última apresentação, um adeus:

M. Deméter

Jack, o Caçador de Gigantes

Título original: Jack the Giant Slayer

Como já foi comentado pela Denise em A corrupção dos clássicos e o remake de Harry Potter, ultimamente estão na moda as novas versões dos contos de fadas, fato que apesar de ser um pouco repetitivo, também é instigante, afinal, quem não fica com aquela pontinha de curiosidade para assistir a versão “adulta” daquela história que ouvia quando criança? Eu pelo menos fiquei, tanto que assisti Branca de Neve e o Caçador, João e Maria – Caçadores de Bruxas e agora Jack, o Caçador de Gigantes (ufa, quanto caçador!).

Bem melhor que João e Maria, a nova versão de Jack conta com gigantes muito nojentos e imagens muito bonitas, além de mostrar o clássico casalzinho princesa/plebeu que mesmo sendo comum, sempre é um romance bonitinho. Enfim, eu assisti sem grandes expectativas, mas posso dizer que gostei do filme, não é nada super incrível, mas também não é ruim. Ótimo para aquele momento em que você quer relaxar o corpo e descansar a mente da correria do dia-a-dia.

 

Anna Karenina (2012)

Baseado no livro clássico de mesmo nome do escritor russo Liev Tolstói, o filme foi indicado para 4 Oscars (trilha sonora original; fotografia; figurino; direção de arte), o longa ganhou apenas Melhor Figurino, mas mereceu as indicações. As imagens (principalmente no começo) são simplesmente incríveis, um jogo de cores, movimentos e sons que prendem sua atenção e você não consegue tirar os olhos da tela. Depois disso, o filme segue um pouco lento para aqueles que apreciam mais momentos de ação. Os acontecimentos podem demorar a se desenrolar, mas se você é fã de histórias de nobres cheias de traição e interesses, sem dúvida vai gostar.